sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pura sacanagem

O quê, exatamente, a sociedade faz para que tenhamos uma vida digna?
Comumente vemos pessoas preocupadas com o que vai acontecer, o que farão... Porém, as mesmas esquecem-se do presente. O tempo verbal mais fácil de ser conjugado é simplesmente deixado de lado. Por quê?
Devíamos nos preocupar mais com o dia de hoje. Pesquisas frequentemente apontam o que provavelmente acontecerá daqui a algum tempo, todavia, poucas são as fontes sobre o que acontece nos dias de hoje. Por exemplo, sabemos muito bem que a floresta Amazônica tem sido alvo de constantes queimadas e extração ilegal de madeira. Ótimo... Agora compare.
Quantas vezes por dia notícias como essa invadem nosso reduto familiar? Agora diga-me, caro leitor, quantas vezes se é mostrado como “provavelmente será” no futuro – daqui uns dez anos mais ou menos?
Essa necessidade sem fundamentos que temos de pensar sempre no futuro acaba com o nosso presente. O dia de hoje é e sempre será o mais importante.
Pura sacanagem é não pensarmos nem no futuro nem no presente, e sim no passado.
Esse pretérito pode ser perfeito ou imperfeito, no entanto sempre será passado. Lembrar o que aconteceu, fatos marcantes, é ótimo, mas, tudo no seu momento; e o momento agora não é de ficar brincando de conjugar-se no passado.
O mundo, as pessoas, nossa vida espera uma atitude sensata no presente. Não podemos, simplesmente, sentar e esperar como vai ser daqui pra frente... O que devemos fazer é um planejamento rápido para o dia de hoje e em seguida mãos à obra.
Lembre-se de que o passado foi bom, mas, hoje é apenas um pretérito (seja ele perfeito ou imperfeito). O futuro pode ser ótimo, se soubermos conjugar o presente.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Quando te perdi, Bia

Quando te perdi, Bia, pensei que o mundo fosse desmoronar. Aliás, parte do meu mundo desmoronou mesmo.
Quando te perdi, Bia, tive medo de perder a mim mesmo, e acabei me perdendo realmente.
Quando te perdi, Bia, estar com você virou lembrança, utopia.
Quando te perdi, Bia, pensei que nunca mais fosse encontrar alguém tão especial quanto você e, de fato, ainda não encontrei. Houve quem fizesse alguma diferença, sim, mas nada se compara ao seu encanto, Bia.
Quando te perdi, Bia, não me agradava mais ser seu amigo. Ser somente seu amigo.
Quando te perdi, Bia, tive a certeza de que algumas músicas e coisas perderiam o sentido, e de fato perderam. Hoje é dificil ouvir determinadas músicas sem conter as lágrimas, como também é praticamente impossível ver, ler, sentir tais coisas sem esconder a emoção.
Quando te perdi, Bia, achei que nunca mais iria pensar em você com a frequência de antes. Hoje, percebo que penso cada vez mais.
Quando te perdi, Bia, comecei a te dizer "Boa noite" e "Bom dia", em pensamento, com a esperança de que você sentisse tais palavras e que algo mudasse no seu dia.
Quando te perdi, Bia, chorei pensando que não saberia como viver sem ti. Hoje, choro sabendo que sei sim viver sem ti, mas, realmente, eu não queria.
Hoje, não consigo mais pensar em determinadas coisas nem passar por determinados lugares. Um turbilhão de lembranças invade meu pensamento e tudo se apaga. Paro no tempo querendo voltar atrás, querendo aquilo de novo. Mesmo sabendo ser impossível. Devaneios que comecei a ter somente quando te perdi, Bia.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Meus sinceros pedidos de desculpa

Um ato simples. Há quem diga que é inválido, que não tem serventia de nada. Discordo. Para mim, um simples pedido de desculpas tem uma valia enorme em se tratando de meras discórdias e de pessoas com sensatez.
Há algum tempo que não peço desculpas a alguém. Sinceramente, nem me recordo de quanto é esse tempo. Não obstante eu saiba da necessidade real e precisão deste simples ato, eu não o tenho feito e isso, sinceramente, está me fazendo falta. Altera meu dia a dia saber que posso ter magoado alguém e isso ter ficado assim mesmo.
Peço desculpa às pessoas com quem errei, peço desculpa às pessoas que eu deixei de cumprimentar, peço desculpas pelas vezes que eu sou um estranho e ajo de forma surpreendente. Peço desculpas por não ser sempre a mesma pessoa. Peço desculpa por ter uma personalidade concreta e forte.
Desculpe-me se eu não sou manipulado da forma como as pessoas gostariam que eu fosse, embora eu saiba que isso já me prejudicou e me prejudica muito. Enfim, peço desculpas por ser assim: eu mesmo.